Ainda sem superar os resultados das urnas, o suplente de deputado Xuxu Dal Molin atribuiu sua derrota às articulações políticas mal conduzidas em seu reduto eleitoral, o município de Sorriso (247 km de Cuiabá), nas eleições de 2022. Em entrevista ao RBT News, ele criticou as movimentações e responsabilizou indiretamente o ex-prefeito Ari Lafin (PSDB) por um “golpe político” que, segundo ele, prejudicou não apenas sua candidatura, mas também o protagonismo da cidade na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Para ele, foi “vendida a ideia” que o município poderia eleger até 3 representantes na Casa de Leis, o que não se consagrou após o fechamento nas urnas. “Foi um golpe político em Sorriso… Falaram que iam eleger três, e no final, nenhum. Já na semana seguinte à eleição, tinha gente com carguinho na prefeitura”, disse Xuxu, ao jornalista Roberto Santos.

Ari Lafin, então chefe do Executivo na época, teve forte influência na montagem de chapas na “cidade do agro”.

Em 2018, Xuxu foi eleito com 23.764 votos, pelo Partido Social Cristão (PSC). No entanto, ao tentar se reeleger em 2022, pelo União Brasil, partido do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, Dal Molim viu sua votação despencar para 15.122 votos. Com a queda de 36% no número de votos em relação à eleição anterior, o então parlamentar ficou como suplente.

Passado quase 3 anos, Xuxu ainda amarga o resultado e alega que Sorriso perdeu representatividade justamente por conta de candidaturas que buscavam beneficiar exclusivamente “acordos políticos”. “Essas picuinhas, essas pessoas que pensaram pequeno só por manter os esqueminhas e as vantagens da prefeitura, é que alimentaram tudo isso”, afirmou.

Ele também criticou o que chamou de “postura acomodada” de parte da classe política local e cobrou um novo posicionamento da população. “Ou nós viramos essa página, ou vamos continuar sendo motivo de piada na política estadual.”

Apesar das críticas, ele destacou que ainda acredita no potencial político de Sorriso e defendeu a construção de um grupo forte para disputar cargos mais altos no futuro. “Vamos juntar os cacos, chamar todo mundo, para depois, se Deus quiser, fazer um federal, um suplente de senador, ou quem sabe um cabeça para governo, para Senado. Sorriso tem grandeza política, econômica, histórica, para ser o que quiser no Estado”, finalizou.

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