Após intensa reação popular, a Câmara Municipal de Tangará da Serra (252 km de Cuiabá) decidiu revogar os auxílios de saúde e alimentação, que somariam R$ 5 mil adicionais ao salário dos vereadores, elevando a remuneração para R$ 18,1 mil.

O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, Edmilson Porfírio (Podemos), que atribuiu a revogação à falta de compreensão por parte da população. Segundo ele, o debate sobre a origem dos recursos foi prejudicado por narrativas que distorceram a proposta e geraram indignação social.

A criação dos benefícios havia sido aprovada sob vaias e protestos de manifestantes, o que impulsionou a mobilização contrária à medida. Os vereadores argumentaram, em nota oficial, que os auxílios não comprometeriam o orçamento da prefeitura, pois seriam pagos com o duodécimo da Câmara. Ainda assim, a repercussão negativa levou à decisão de revogação.

O comunicado também condenou ataques e ameaças contra parlamentares e seus familiares, enfatizando que a divergência de opiniões não deve resultar em violência.

Com a revogação, a Câmara reforça seu compromisso com a transparência e reafirma o papel do Legislativo como espaço de diálogo com a sociedade.