terça-feira, 29 - abril 2025 - 14:02

Diferença entre câmbio oficial e paralelo na Argentina atinge menor nível desde 2019


Reprodução
Reprodução

As taxas de câmbio na Argentina se aproximaram nesta terça-feira (29) dos menores níveis de divergência desde 2019, impulsionadas pela flexibilização da política cambial e por um novo acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A diferença entre a taxa oficial do peso e a cotação do mercado paralelo — conhecido como “dólar blue” — caiu para apenas 0,5%, a menor desde a imposição dos controles de capital no final de 2019. A redução contrasta fortemente com o pico de aproximadamente 200% registrado em 2023, quando o presidente Javier Milei assumiu o cargo.

Atualmente, o peso argentino é negociado a 1.176 por dólar na taxa oficial, enquanto no mercado paralelo a cotação é de 1.200 por dólar. De acordo com a consultoria VatNet Financial Research, “a queda surpreendente na diferença cambial (valorização do peso) é, em parte, resultado do aumento da confiança após o crédito generoso do FMI e da redução das regulamentações”.

Além disso, bancos argentinos têm oferecido taxas de juros atrativas, estimulando investidores a manterem ativos em pesos com o objetivo de lucrar posteriormente com a conversão para dólares — prática conhecida como carry trade.

Desde meados de abril, o governo de Milei tem desmontado gradualmente os controles de capital e câmbio, permitindo maior liberdade para flutuação do peso dentro de uma faixa ampliada, entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. Em declarações recentes, o governo afirmou que busca levar a taxa oficial ao limite inferior dessa faixa, sinalizando otimismo com a estabilidade cambial.

+