- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 25 , JULHO 2025
Desde que se entregou à polícia na noite de terça-feira (22/7), o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 25 anos, segue detido e foi classificado como preso de “alta periculosidade” pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A informação consta no Guia de Recolhimento de Presos, elaborado pela Polinter, e foi revelada inicialmente pela Folha de S.Paulo. A classificação está no terceiro nível mais elevado, numa escala que vai de um a quatro.
Motivos da prisão
Oruam foi indiciado por sete crimes, entre eles tráfico de drogas, associação para o tráfico e desacato. Segundo a Polícia Civil, o rapper teria interferido em uma operação que buscava apreender um adolescente suspeito de roubo e envolvimento com o tráfico de drogas. O jovem estaria escondido na casa do artista, localizada no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio, na noite de segunda-feira (21/7).
Após a expedição do mandado de prisão preventiva, Oruam se apresentou voluntariamente às autoridades. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, a Justiça decidiu manter a prisão. A juíza Rachel Assad da Cunha afirmou que não houve ilegalidade no cumprimento da ordem judicial e ressaltou que o objetivo da audiência é apenas verificar a legalidade do ato.
Defesa repudia classificação policial
A equipe de assessoria de imprensa de Oruam divulgou nota repudiando a classificação de alta periculosidade. Segundo o comunicado, a informação é infundada e prejudica a imagem do artista.
“Diante das recentes notícias e especulações infundadas que têm circulado acerca do artista Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, a equipe de assessoria de imprensa vem a público esclarecer e repudiar veementemente qualquer tentativa de difamação ou disseminação de informações falsas”, diz o texto.
A nota também destaca o histórico artístico e o engajamento social de Oruam:
“Oruam é um dos artistas mais bem-sucedidos e respeitados do cenário musical do rap. Mantém seu foco na criatividade, na luta por reconhecimento e na produção de conteúdo de alta qualidade.”
Sobre a acusação, a equipe afirmou que a entrega voluntária à polícia demonstra a postura de cidadão responsável do cantor:
“Informações que associam o artista a crimes ou classificações de periculosidade são totalmente infundadas e não condizem com a realidade.”
A assessoria ainda negou qualquer ligação com o crime organizado:
“Tais alegações são falsas e sem fundamento. Mauro veio da periferia, não renega suas origens, tem orgulho da sua trajetória e de não ter ligação com nenhuma facção criminosa.”
Por fim, o texto resgata uma das frases mais usadas por Oruam:
“A lei tem cor” — expressão que, segundo sua equipe, simboliza sua luta contra o racismo e a desigualdade social.