quarta-feira, 2 - julho 2025 - 19:21

Atraso em obras provoca desgaste na imagem do governador, avalia Max


Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB)
Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB)

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), avaliou nesta quarta-feira (2) que o atraso na conclusão das obras do BRT, sistema de transporte que ligará Cuiabá a Várzea Grande, além de falhas no projeto da rodovia MT-251, nas proximidades do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, têm gerado desgaste à imagem do governador Mauro Mendes (União Brasil), especialmente na região da Baixada Cuiabana.

“Qualquer autoridade que ocupa um posto de comando está sujeita a desgaste, principalmente quando obras importantes não avançam. A obra de Chapada desgasta, sim, o governador. O BRT também desgasta. São projetos que precisam avançar, e ele precisa concluí-los dentro do tempo que lhe resta enquanto chefe do Executivo. Acredito que ele ainda conseguirá executar as duas obras”, afirmou Max Russi, em entrevista à imprensa.

Mauro Mendes tem sido um dos principais defensores da substituição do modal VLT — Veículo Leve sobre Trilhos —, originalmente planejado para a Copa do Mundo de 2014, mas cujas obras nunca foram concluídas, pelo BRT — Bus Rapid Transit —, considerado mais barato e de implantação mais ágil. No entanto, o consórcio inicialmente contratado para executar as obras do BRT não demonstrou capacidade técnica para cumprir o cronograma, o que levou ao rompimento do contrato e à necessidade de novas licitações por lotes.

Atualmente, as obras seguem em andamento em trechos importantes, como a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), uma das principais vias de Cuiabá. Ainda assim, os constantes transtornos no trânsito têm gerado críticas e impaciência por parte da população local.

Já em relação às obras na MT-251, o governo estadual precisou rever o projeto original, que previa o corte do morro na região do Portão do Inferno, mesmo após insistência do próprio governador. Diante de falhas técnicas e resistência de especialistas, Mauro Mendes acabou admitindo os erros e anunciou, recentemente, a construção de um túnel na rodovia, alternativa que, segundo o Executivo, foi definida com base em estudos mais aprofundados.

Com a Baixada Cuiabana concentrando grande parte do eleitorado mato-grossense, há preocupação entre aliados de Mendes sobre os reflexos eleitorais desses desgastes, especialmente com vistas às eleições de 2026. O governador é cotado para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal por Mato Grosso no próximo pleito.

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