- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 3 , JULHO 2025
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), avaliou nesta quarta-feira (2) que o atraso na conclusão das obras do BRT, sistema de transporte que ligará Cuiabá a Várzea Grande, além de falhas no projeto da rodovia MT-251, nas proximidades do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, têm gerado desgaste à imagem do governador Mauro Mendes (União Brasil), especialmente na região da Baixada Cuiabana.
“Qualquer autoridade que ocupa um posto de comando está sujeita a desgaste, principalmente quando obras importantes não avançam. A obra de Chapada desgasta, sim, o governador. O BRT também desgasta. São projetos que precisam avançar, e ele precisa concluí-los dentro do tempo que lhe resta enquanto chefe do Executivo. Acredito que ele ainda conseguirá executar as duas obras”, afirmou Max Russi, em entrevista à imprensa.
Mauro Mendes tem sido um dos principais defensores da substituição do modal VLT — Veículo Leve sobre Trilhos —, originalmente planejado para a Copa do Mundo de 2014, mas cujas obras nunca foram concluídas, pelo BRT — Bus Rapid Transit —, considerado mais barato e de implantação mais ágil. No entanto, o consórcio inicialmente contratado para executar as obras do BRT não demonstrou capacidade técnica para cumprir o cronograma, o que levou ao rompimento do contrato e à necessidade de novas licitações por lotes.
Atualmente, as obras seguem em andamento em trechos importantes, como a Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), uma das principais vias de Cuiabá. Ainda assim, os constantes transtornos no trânsito têm gerado críticas e impaciência por parte da população local.
Já em relação às obras na MT-251, o governo estadual precisou rever o projeto original, que previa o corte do morro na região do Portão do Inferno, mesmo após insistência do próprio governador. Diante de falhas técnicas e resistência de especialistas, Mauro Mendes acabou admitindo os erros e anunciou, recentemente, a construção de um túnel na rodovia, alternativa que, segundo o Executivo, foi definida com base em estudos mais aprofundados.
Com a Baixada Cuiabana concentrando grande parte do eleitorado mato-grossense, há preocupação entre aliados de Mendes sobre os reflexos eleitorais desses desgastes, especialmente com vistas às eleições de 2026. O governador é cotado para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal por Mato Grosso no próximo pleito.