- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 1 , OUTUBRO 2025
Parlamentares da bancada bolsonarista de Mato Grosso votaram em peso pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que dificulta a abertura de processos criminais e prisões contra senadores e deputados. O texto foi aprovado em segunda votação nesta terça-feira (17) na Câmara Federal por 344 votos favoráveis e 133 contrários.
Entre os parlamentares mato-grossenses, apenas Emanuelzinho (MDB) e Juarez Costa (MDB) votaram contra a PEC. Emanuelzinho, que é vice-líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara, se alinhou à base governista e rejeitou o texto.
Já os deputados Coronel Assis (União), Coronel Fernanda (PL), Gisela Simona (União), José Medeiros (PL), Nelson Barbudo (PL) e Rodrigo da Zaeli (PL) acompanharam a orientação da bancada bolsonarista e votaram a favor da medida.
O que diz a PEC
Apelidada de “PEC da Blindagem”, a proposta restringe a prisão em flagrante de parlamentares e determina que a abertura de ações penais contra deputados e senadores dependa de autorização do Poder Legislativo. Além disso, estabelece prazo máximo de 90 dias para que o Congresso analise pedidos de prisão ou de abertura de processos criminais.
Votação por partidos
No 1º turno, o PT, partido do presidente Lula, registrou 12 votos favoráveis à PEC. Já os partidos mais próximos ao ex-presidente Bolsonaro se mantiveram fechados em apoio: o PL deu 83 votos favoráveis, o Republicanos, 42, e o PRD, 5 – sem votos contrários em nenhum dos três partidos.
Na outra ponta, siglas de esquerda rejeitaram a proposta em bloco: PSOL (14 votos) e PCdoB (9 votos) votaram integralmente contra a PEC.