quinta-feira, 14 - agosto 2025 - 16:35

BNDES investe R$ 405,3 milhões em projeto brasileiro de carro voador


Acervo/Eve Air Mobility
Acervo/Eve Air Mobility

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta quinta-feira (14) um investimento de US$ 74,9 milhões (R$ 405,3 milhões na cotação atual) na Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer responsável pelo desenvolvimento de um eVTOL — veículo elétrico de decolagem e pouso vertical, popularmente conhecido como “carro voador”.

O investimento será feito por meio da subscrição de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) lastreados em ações da Eve listadas nos Estados Unidos. A operação, liderada pela BNDESPAR, faz parte da estratégia da instituição de incentivar a economia verde e a inovação tecnológica. Após a oferta privada, a Eve pretende disponibilizar as BDRs na B3, com liquidez diária garantida por um agente de mercado.

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o apoio à Eve representa um marco estratégico para colocar o Brasil na liderança mundial da mobilidade aérea sustentável. “Sob a orientação do presidente Lula, reafirmamos o compromisso com o desenvolvimento econômico, a geração de empregos qualificados e a transição para um transporte mais limpo e inteligente. O primeiro voo do eVTOL acontecerá 120 anos após o feito histórico do 14-Bis de Santos Dumont”, disse.

Já o CEO da Eve, Johann Bordais, destacou que a captação fortalece a missão da empresa de transformar a mobilidade urbana. “Estamos orgulhosos de contar com a participação do BNDES e valorizamos o compromisso contínuo da Embraer com o nosso programa”, afirmou.

O modelo desenvolvido pela Eve terá capacidade para cinco pessoas (quatro passageiros e um piloto) e autonomia de 100 quilômetros, suficiente para ligações entre centros comerciais, bairros e hubs de transporte. Além da aeronave, a empresa está desenvolvendo software de gestão de tráfego aéreo urbano e incorporando tecnologias como propulsão elétrica, sistemas autônomos e conectividade. A produção comercial deve começar após a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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