quarta-feira, 30 - abril 2025 - 15:52

Botelho defende voto secreto em vetos: “Assegura independência e decisão sem pressões”


Deputado estadual Eduardo Botelho (União)
Deputado estadual Eduardo Botelho (União)

O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) defendeu o uso do voto secreto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), especialmente em votações de vetos e prestação de contas de governo. A declaração foi feita nesta terça-feira (22), em resposta às críticas da senadora Margareth Buzetti (PSD), que se manifestou contrária à prática após a derrubada de um veto do governador Mauro Mendes (União), ocorrida em 9 de abril.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Buzetti demonstrou indignação com a votação secreta que resultou na liberação de mercadinhos dentro de unidades prisionais. Botelho, por sua vez, afirmou que o sigilo do voto garante aos parlamentares liberdade para decidir com base em suas convicções, sem sofrer pressões externas.

“Faz parte do processo legislativo. Acho muito importante que a derrubada de veto e a votação das contas de governo sejam com voto secreto. Ali, o deputado vota livre de pressão, com a consciência dele”, afirmou o parlamentar.

Embora reconheça a opinião contrária da senadora, Botelho ressaltou a importância de preservar a autonomia da Assembleia. “A minha opinião é que o voto secreto é o momento em que a Assembleia pode ser totalmente independente. Não quero criticar a senadora, apenas estou defendendo a condição da Assembleia. Defendo o voto secreto e sua continuidade”, declarou.

A defesa do voto secreto também tem sido feita por outros parlamentares, como o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), que argumenta que o mecanismo protege os deputados de pressões políticas ou populares.

Apesar do apoio interno, a prática tem sido alvo de críticas não apenas da senadora, mas também de vereadores de Cuiabá e do próprio governador Mauro Mendes, principalmente após a recente derrubada do veto. Botelho rebateu as críticas, questionando o impacto das pressões externas nas decisões legislativas.

“Quantas vezes o parlamentar muda o voto quando está com a galeria cheia, com o povo gritando? Em momentos como a derrubada de veto, o voto secreto é fundamental para garantir que o deputado decida com a própria consciência, sem influência de qualquer lado”, concluiu.

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