- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 2 , OUTUBRO 2025
O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) voltou a comentar o cenário político que começa a se formar para as eleições de 2026 em Mato Grosso. Questionado sobre uma possível aliança entre o Partido Liberal (PL) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o parlamentar foi direto: não acredita que a união vá se concretizar.
“Eu acho que essa união aí não vai se concretizar, eu não acredito”, afirmou Botelho nesta quarta-feira (20), descartando a articulação entre as duas siglas.
A declaração vai na contramão do discurso do presidente estadual do MDB, o ex-deputado federal Carlos Bezerra. No início do mês, Bezerra revelou que o partido está em diálogo com o PL para compor uma chapa majoritária de olho na disputa pelo Palácio Paiaguás. “Nós estamos conversando muito com o PL. Pode haver uma composição, sim”, declarou na ocasião.
Apesar da sinalização do MDB, Botelho argumenta que os interesses dos dois partidos são distintos, o que dificultaria qualquer aliança. O PL já deixou claro que pretende lançar candidatura própria ao Governo do Estado, com o nome do senador Wellington Fagundes ganhando força internamente. Caso a pré-candidatura seja confirmada, Fagundes deverá enfrentar o atual vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), considerado o favorito do governador Mauro Mendes (União) para a sucessão.
Nos bastidores, o movimento do MDB também chama atenção pela ligação familiar entre lideranças das duas legendas. O senador Wellington Fagundes é sogro da deputada estadual Janaina Riva (MDB), que vem ganhando destaque dentro do partido e é cotada tanto para a disputa ao Governo quanto ao Senado Federal.
Com a negativa de Botelho, a possível aliança entre PL e MDB, defendida por Bezerra, passa a ser vista com maior ceticismo e reforça a fragmentação do campo político de oposição em Mato Grosso. O debate sobre as articulações e alianças para 2026 deve continuar ganhando espaço nos próximos meses.