quarta-feira, 24 - setembro 2025 - 17:28

Botelho reafirma apoio a Pivetta e rejeita ida ao PL


Deputado Estadual Eduardo Botelho (União)
Deputado Estadual Eduardo Botelho (União)

O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (22), em entrevista à Rádio CBN Cuiabá, que manterá seu apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) em uma eventual candidatura ao Governo de Mato Grosso em 2026, caso o senador Jayme Campos (União Brasil) decida não entrar na disputa.

Apesar de admitir mágoas por se sentir “traído” por parte de seu grupo político nas eleições municipais de 2024, Botelho disse que não pretende retaliar os antigos aliados. “Entre apoiar alguém do meu grupo e apoiar alguém de fora, fico com o grupo. Não é porque fui traído que vou trair. Prefiro manter a lealdade”, declarou.

A insatisfação do parlamentar remonta ao primeiro turno das eleições em Cuiabá, quando, segundo ele, lideranças como o governador Mauro Mendes, o vice-governador Pivetta e o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, teriam se omitido durante sua campanha à prefeitura da capital.

Ainda assim, Botelho descartou qualquer rompimento com o grupo e negou que Pivetta esteja se aproximando do PL, partido alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Nunca ouvi essa conversa no meio político. Nem o Mauro [Mendes], nem o Pivetta falaram sobre isso. Apoio é uma coisa, agora migrar seria oportunismo. O Pivetta nunca teve perfil de PL radical, não colaria”, avaliou.

O deputado também comentou as disputas internas dentro do PL, principalmente após a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Para Botelho, a influência do ex-presidente tem gerado ruídos políticos até em Mato Grosso, com sinais de apoio a Mauro Mendes e ao deputado federal José Medeiros para o Senado, em detrimento da deputada estadual Janaína Riva (MDB), que também mira a vaga. “Se o PL já decidiu apoiar o Wellington [Fagundes], problema deles. Nós temos nosso grupo e nossos candidatos”, afirmou.

Ao final da entrevista, Botelho aconselhou o senador Jayme Campos a definir com clareza suas pretensões para as eleições de 2026. “Se ele quiser ser governador ou senador, precisa colocar o nome e se impor. Eu fiz isso quando fui candidato. Enquanto ele não se manifestar, tudo indica que o caminho será o Senado”, concluiu.

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