A cesta básica voltou a apresentar recuo de preço na segunda semana de agosto, após leve alta na semana anterior. A queda foi de 0,85%, fazendo com que o valor médio atingisse R$ 800,24. Apesar de registrar o menor preço dos últimos cinco meses, o valor ainda está 9,16% acima do mesmo período do ano passado, quando custava R$ 733,06.

Segundo o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, as variações recentes trazem uma sensação de alívio para o bolso das famílias. “A manutenção do valor próximo a R$ 800,00 nas últimas semanas é positiva, especialmente se comparada ao patamar registrado em junho, quando a cesta chegou perto dos R$ 850,00”, destacou.

Ainda assim, Wenceslau Júnior reforça que, mesmo com este alívio pontual, o custo da cesta básica pode pesar no orçamento de muitas famílias, já que se trata de alimentos essenciais para a subsistência de um núcleo familiar de até quatro pessoas.

Entre os produtos que compõem a cesta, a batata apresentou a maior alta no período, com aumento de 10,12%, chegando a R$ 4,01 por quilo. As sucessivas altas podem estar relacionadas ao período de colheita, no qual o clima chuvoso e as madrugadas frias retardaram as atividades agrícolas.

Por outro lado, o tomate teve queda de 6,26%, com preço médio de R$ 7,22 por quilo. Segundo o Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MT, o clima favorável tem colaborado para a redução dos preços do fruto, acelerando seu processo de maturação e aumentando a oferta no mercado.

Da mesma forma, o açúcar também registrou queda de 5,79%, com preço médio de R$ 3,39 por quilo. A redução pode estar associada à maior oferta pelas usinas e à demanda enfraquecida.

Wenceslau Júnior explicou as oscilações: “Enquanto a batata sofre aumentos atípicos devido à restrição de oferta provocada pelo clima, o tomate registra queda influenciado pelas condições climáticas favoráveis e maior produção. Isso reforça o impacto direto desses fatores na oscilação dos preços dos itens da cesta básica”.