A cesta básica em Mato Grosso registrou, na primeira semana de outubro, o menor custo médio de 2025. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT), a retração semanal foi de 1,16%, fazendo o valor médio cair para R$ 776,83. A principal contribuição para essa queda veio do tomate, que recuou 14,92% no período.

Apesar da redução no curto prazo, o custo atual da cesta ainda está 4,54% acima do registrado no mesmo período de 2024. No entanto, permanece abaixo do acumulado da inflação nos últimos 12 meses.

O tomate tem se destacado com quedas consecutivas nas últimas semanas, atingindo o valor médio de R$ 4,82/kg em outubro. A redução é atribuída às altas temperaturas recentes, que aceleraram o processo de maturação e aumentaram a oferta do produto. Mesmo com a retração, o preço ainda está 3,30% superior ao verificado no ano passado.

Outro item que contribuiu para o recuo no valor da cesta foi o leite, com queda de 1,87%, alcançando média de R$ 6,80 por litro. Em comparação com 2024, o preço atual é 5,75% menor. A redução pode estar associada ao aumento da oferta no mercado e à diminuição dos custos de produção em regiões produtoras.

O arroz também apresentou queda significativa de 2,40% na última semana, com valor médio de R$ 5,27/kg — o que representa uma redução de 25,66% em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda está relacionada à alta produção, à baixa demanda e à diminuição nas exportações, o que aumentou a oferta interna e pressionou os preços para baixo.

O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destacou os fatores que vêm colaborando para esse cenário de alívio no bolso do consumidor.

“Além de questões estruturais da cadeia agrícola, que pressionam pela redução dos preços, a queda nas exportações também amplia a oferta interna de alimentos. Isso tem ajudado a derrubar os preços de itens como arroz, tomate e leite”, explicou.

Segundo ele, o novo recuo reforça a tendência de estabilidade e melhora no poder de compra da população.

“O início de outubro registrou nova queda da cesta básica, que renovou o recorde de menor valor do ano. Isso reflete a desaceleração no aumento dos preços dos alimentos, que deixaram de ser os principais vilões da inflação. Essa diminuição favorece o consumo das famílias cuiabanas e sinaliza perspectivas positivas para os próximos meses”, concluiu Wenceslau.