quinta-feira, 21 - agosto 2025 - 17:52

China critica envio de navios americanos à Venezuela


Reprodução
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A China criticou, nesta quinta-feira (21), a decisão dos Estados Unidos de enviar navios de guerra para a costa da Venezuela. O movimento faz parte de uma operação no sul do Caribe, conduzida pelo governo norte-americano sob a justificativa de combate ao narcotráfico na América Latina. A informação foi divulgada por fontes ouvidas pela agência Reuters na quarta-feira (20).

Durante entrevista coletiva, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, condenou a ação e reforçou o posicionamento do país asiático em defesa da soberania venezuelana.

“A China se opõe a qualquer ação que viole os propósitos e princípios da Carta da ONU, bem como a soberania e a segurança de um país”, afirmou Mao. “Rejeitamos o uso ou ameaça de força nas relações internacionais e a interferência de forças externas nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto”, completou.

A diplomata chinesa ainda apelou por mais responsabilidade dos Estados Unidos:

“Esperamos que os EUA tomem atitudes que contribuam para a paz e a segurança na América Latina e no Caribe”.

Reação da Venezuela

O chanceler venezuelano, Yván Gil, agradeceu o apoio chinês e reforçou a aliança entre os dois países. Em nota publicada no Telegram, ele afirmou:

“Expressamos sincera gratidão à República Popular da China por sua firme rejeição à intervenção dos EUA na Venezuela e às ameaças de uso da força que tentam transformar nossa região, declarada Zona de Paz, em uma nova arena de guerra colonial.”

Gil destacou ainda a “inabalável amizade” com o povo e o governo chinês.

No mesmo dia, o presidente venezuelano Nicolás Maduro se reuniu com o embaixador da China em Caracas, Lan Hu. Segundo comunicado oficial, o encontro serviu para reafirmar os avanços na cooperação bilateral em áreas como economia, ciência, tecnologia e inteligência artificial.

“A China lidera o caminho neste mundo com um conceito humano de desenvolvimento”, declarou Maduro, reforçando o compromisso da Venezuela com a aliança estratégica entre os dois países.

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