A Polícia Civil abriu investigação para apurar denúncias de que a clínica Giolaser, localizada no bairro Centro Norte, em Cuiabá, fechou as portas logo após a Black Friday, deixando clientes e funcionários prejudicados. A empresa havia realizado promoções agressivas durante o período de descontos, fechando pacotes com dezenas de clientes.

Até o momento, cinco boletins de ocorrência foram registrados por clientes que se sentiram lesados. Diante disso, a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) iniciou a investigação sobre o caso.

Uma cliente ouvida pelo delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, relatou que contratou um pacote de depilação a laser em setembro no valor de R$ 1.996,44, com dezenas de sessões em várias partes do corpo, das quais realizou apenas cinco. Na Black Friday, a clínica anunciou um pacote de 10 sessões no corpo inteiro por R$ 499, anteriormente custando R$ 3.999. A cliente adquiriu o novo pacote em 27 de novembro, mas foi informada de que os contratos seriam gerados posteriormente e o pagamento foi realizado para outro CNPJ, diferente da sede da franquia.

Na primeira semana de dezembro, a clínica fechou inesperadamente, e os clientes só tomaram conhecimento pelo grupo de WhatsApp do estabelecimento. Nenhum contrato foi entregue por e-mail, como prometido.

O delegado Rogério Ferreira informou que os funcionários também foram surpreendidos pelo fechamento, sem receber salários atrasados e sem poder retirar pertences da clínica.

As investigações estão em fase inicial, e clientes e funcionários serão ouvidos. As apurações indicam que, entre a segunda quinzena de novembro e 28 de novembro, a empresa veiculou anúncios promocionais que podem ter feito dezenas de vítimas.

O delegado orienta que consumidores prejudicados registrem boletins de ocorrência ou procurem a Delegacia do Consumidor, localizada na Rua General Otávio Neves, nº 69, bairro Duque de Caxias I, Cuiabá, para prestar depoimento.

“É importante que os consumidores fiquem atentos a promoções muito abaixo do preço de mercado e consultem a reputação das empresas em sites de reclamação e avaliações no Google. Dessa forma, a chance de ser vítima de golpes diminui significativamente”, destacou Rogério Ferreira.