- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 13 , AGOSTO 2025
É normal encontrar pessoas que sentem ciúmes, seja em um relacionamento monogâmico, seja em algo fora do tradicional, como relação aberta ou trisal. Mas você já se perguntou se há quem não apenas não vivenciem esse sentimento, como também sinta prazer em ver a parceria com outras pessoas? A resposta é sim e há até um nome para isso: compersão.
A não monogamia vem se popularizando nos últimos anos, porém, aquele fantasminha do ciúmes não deixa de existir completamente, nem para quem já a vive. A compersão entra como uma oposição a esses desejos de “posse”.
A terapeuta Flávia Ceccato explica que a compersão é a experiência emocional de sentir alegria, satisfação ou bem-estar ao ver alguém que amamos feliz com outra pessoa, o que vai na contramão do controle afetivo.
É frequentemente associada a relacionamentos não monogâmicos (como estar em um relacionamento aberto ou fazer sexo com outros casais e pessoas) ou poliamorosos (ter vários parceiros românticos ao mesmo tempo).
O termo não existe no dicionário e é uma tradução livre de compersion, que teria surgido em comunidades poliamorosas nos Estados Unidos, nos anos 1990.
A profissional acrescenta que a compersão não é uma ausência de ciúme, e sim a coexistência de sentimentos complexos em um mesmo espaço emocional.
“É um sentimento inconciliável com relações monogâmicas, uma vez que ele simboliza o fim da relação em si e não é normalizado neste contexto, mas em outros formatos de relações”, cita.