- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos indevidos em benefícios do INSS irá ouvir, na próxima quinta-feira (25), o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (22) pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
“Está confirmada a presença dele na quinta-feira. Espero, com sinceridade, que seja cumprido o trato feito com a defesa”, afirmou Viana.
Inicialmente, o depoimento estava marcado para o dia 15 de setembro, mas foi adiado após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidir que a presença do investigado na CPMI seria facultativa. Na ocasião, a defesa de Antunes informou que ele não compareceria.
Sócio nega envolvimento
Nesta segunda-feira (22), a comissão ouviu o empresário Rubens Oliveira Costa, apontado como suposto sócio de Antunes. Convocado como testemunha, ele compareceu amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do STF. A decisão garantiu ao depoente o direito de não responder perguntas que pudessem incriminá-lo, além de impedir eventual ordem de prisão em caso de silêncio.
Antes do início da oitiva, Oliveira Costa leu uma declaração em que nega qualquer sociedade com Antunes e afirma ter deixado o cargo de diretor financeiro das empresas ligadas a ele — incluindo a Vênus Consultoria — no início de 2024, antes de tomar conhecimento das investigações.
“Jamais fui sócio de qualquer negócio ao lado de Antônio Camilo. Atuei apenas em quatro de suas empresas, no papel de administrador financeiro, e nada mais além disso”, afirmou.
Segundo ele, o possível equívoco nos inquéritos pode ter origem no fato de seu nome constar nos estatutos sociais das empresas como administrador.
“Desconheço os motivos pelos quais relatórios e investigações me apontam como sócio. Talvez isso se deva ao fato de eu ter figurado como administrador financeiro nos documentos das empresas. Reitero: jamais fui sócio de qualquer empresa com o senhor Antônio.”
Após a leitura, a comissão iniciou os questionamentos.