- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


O clima na Câmara Municipal de Várzea Grande saiu do controle durante a sessão desta quarta-feira (29), quando uma troca de farpas entre os vereadores Samir Katumata, o Samir Japonês (PL), e Cleyton Nassarden Guerra, o Sardinha (MDB), evoluiu para uma série de ataques pessoais e acusações que acabaram respingando até na prefeita Flávia Moretti (PL).
O embate começou após Sardinha usar a tribuna para rebater críticas de grupos de WhatsApp supostamente ligados a Samir, que o acusavam de omissão diante da crise de abastecimento de água no município. Em resposta, o vereador do MDB afirmou que a esposa de Samir ocupa um cargo no Departamento de Água e Esgoto (DAE), com salário aproximado de R$ 8 mil, o que provocou a fúria do parlamentar do PL.
Visivelmente alterado, Samir subiu à tribuna e partiu para o ataque. Chamou o colega de “mentiroso” e “sem moral”, além de resgatar acusações pessoais. “Que exemplo esse cidadão tem para mostrar? Um cara acusado duas vezes, que não tem moral para falar nessa porcaria aqui”, disparou, em tom agressivo.
O vereador também mirou a prefeita Flávia Moretti, sua correligionária e ex-chefe, ele foi secretário na atual gestão, chamando-a de “mentirosa” e responsabilizando-a pela crise hídrica. “A culpa dessa porcaria da água é do Jayme, Kalil e dessa mentirosa, Flávia Moretti”, afirmou.
As declarações geraram reação imediata do Executivo. A secretária de Governo, Carol Mello, divulgou nota de repúdio classificando as falas como “violência política de gênero”, por atacarem a prefeita de forma pessoal, sem relação com o debate administrativo.
“Acusar uma mulher que trabalha incansavelmente para resolver um passivo histórico é uma tentativa de deslegitimar sua liderança”, disse Carol. Segundo ela, a prefeita vem executando o maior pacote de obras do DAE das últimas décadas, com mais de R$ 41 milhões em investimentos voltados à ampliação de captação, construção de reservatórios e modernização de equipamentos.
Carol Mello afirmou ainda que o tom adotado por Samir “ultrapassa o limite do debate político e fere o respeito institucional entre os Poderes”. “Nosso apelo é pelo diálogo construtivo. A prefeita Flávia não está em guerra com ninguém, está lutando para garantir água nas torneiras de cada morador”, concluiu.