terça-feira, 11 - março 2025 - 15:30

Cuba libera 553 prisioneiros após acordo Vaticano


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O principal tribunal de Cuba anunciou que 553 prisioneiros foram libertados em um acordo mediado pelo Vaticano, após um período de incerteza causado pela reversão de uma promessa feita pelo ex-presidente Joe Biden de aliviar as sanções contra Cuba. Em janeiro, Biden havia concordado em retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo dos EUA, em troca da libertação de prisioneiros. No entanto, quando Donald Trump assumiu a presidência, ele rescindiu esse acordo, colocando Cuba novamente na lista e aplicando novas sanções, o que levou o governo cubano a suspender temporariamente a libertação dos prisioneiros.

Apesar disso, a mídia estatal cubana informou que, na segunda-feira (10), o Tribunal Supremo Popular de Cuba confirmou a libertação antecipada de 553 prisioneiros. A decisão foi vista como a conclusão de um processo de libertação, embora a reportagem não tenha especificado quantos dos libertados estavam relacionados aos protestos de julho de 2021.

Grupos de direitos humanos começaram a relatar a libertação de prisioneiros na semana anterior, com alguns sendo descritos como criminosos comuns, embora Cuba tenha dito que a libertação ocorreria gradualmente e envolveria pessoas sancionadas por diversos crimes.

Os Estados Unidos, a União Europeia, a Igreja Católica e grupos de vigilância têm pressionado Cuba para que libere os manifestantes presos após os protestos de 2021, que foram os maiores desde a revolução de Fidel Castro. As autoridades cubanas alegam que os manifestantes cometiam crimes como incêndio criminoso, vandalismo e sedição. Grupos de direitos humanos indicaram que cerca de 200 prisioneiros relacionados aos protestos foram libertados até o final da semana passada, mas afirmaram que a falta de informações dificultava a confirmação dos detalhes.

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