terça-feira, 2 - setembro 2025 - 18:58

Daniel Monteiro contesta 'fusão' de secretarias em Cuiabá; 'não vejo muito sentido'


Daniel Monteiro – Reprodução
Daniel Monteiro – Reprodução

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Daniel Monteiro (Republicanos), fez apontamentos sobre a forma como foi estruturada a nova Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, aprovada nesta terça-feira (2) pelos vereadores. A medida, proposta pelo prefeito Abilio Brunini (PL) por meio da Mensagem nº 96/2025, unifica a gestão orçamentária das pastas em uma “supersecretaria” e foi aprovada em regime de urgência com 19 votos favoráveis e apenas um contrário.

Durante entrevista à imprensa, Monteiro questionou a efetividade da medida e afirmou que não se trata exatamente de uma fusão, já que os atuais secretários permanecem nos cargos e terão autonomia própria.

“Veja, eu não sei nem se conceitualmente a gente pode chamar de fusão, porque vão continuar sendo secretários o Jefferson no Esporte e o Johnny Everson na Cultura. Portanto, a gente tá falando de uma fusão parcial, se é que dá para chamar assim, em que sistemicamente as secretarias se uniriam e ficaria um DAF só para elas, ou seja, uma ordenação de despesa de uma folha de pagamento. Eu não sei como isso vai funcionar, porque eu posso explicar popularmente, né? Cachorro com dois donos morre de fome, é a expressão popular”, declarou.

O parlamentar ressaltou a importância da autonomia de cada gestor e criticou a indefinição sobre as atribuições. “É importante que a gente tenha autonomia funcional dos secretários e que cada um responda pela sua pasta. Se fosse para fazer uma fusão, na minha visão e baseado em tudo que eu conheço das experiências aqui no Brasil, era preciso que esses secretários se tornassem adjuntos, que não é o caso, né? Eles vão continuar como secretários, portanto não há que se falar em fusão, há que se falar em uma mistura de alguns gastos, de alguns custos operacionais das secretarias”, avaliou.

Monteiro também questionou a lógica da nova estrutura administrativa. “Não sei como isso vai funcionar, não vejo muito sentido, porque se a folha de pagamento tá arcada por mim, a subordinação tem que ser em relação a mim, não a outra, pelo menos é o jeito que eu enxergo gestão”, completou.

Segundo a justificativa do Executivo, a mudança tem como objetivo reduzir burocracias, centralizar despesas e facilitar a integração entre Educação, Cultura, Esporte e Lazer, garantindo maior eficiência na execução de políticas públicas.

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