A Flórida abriu seu segundo centro de detenção para imigrantes, denominado Depósito de Deportação, instalado na antiga Instituição Correcional Baker, uma prisão estadual temporariamente fechada. A unidade abriga atualmente 117 detidos, com capacidade para até 1.500 pessoas, segundo informações do gabinete do governador Ron DeSantis.

A inauguração do novo centro ocorreu um dia após um tribunal federal de apelações suspender temporariamente a ordem de um juiz para fechar o primeiro centro de detenção do estado, conhecido como Alcatraz dos Jacarés. Localizada nos pântanos dos Everglades, a instalação é cercada por uma alta cerca de arame farpado e conta com vários prédios baixos, além de torres de vigilância estrategicamente posicionadas ao redor.

Estados vizinhos também anunciaram a criação de instalações semelhantes para ampliar a capacidade limitada de centros de detenção de imigrantes no país. O Depósito de Deportação integra essa estratégia e faz parte do esforço do governador DeSantis para expandir a rede de centros de detenção estaduais dedicados a abrigar imigrantes.

Além do novo centro, DeSantis planeja construir um terceiro local de detenção na Flórida, apelidado de Panhandle Pokey, assim como outra instalação no centro de treinamento da Guarda Nacional, conhecido como Camp Blanding. A expansão ocorre enquanto a Casa Branca pressiona autoridades para realizarem pelo menos três mil prisões migratórias por dia, como parte da política federal de deportação em massa.

Até o momento, muitos dos detidos têm sido enviados para a Baía de Guantánamo ou deportados para uma mega-prisão em El Salvador.

O Depósito de Deportação foi anunciado em agosto, em meio a controvérsias sobre o Alcatraz dos Jacarés. O primeiro centro de detenção enfrenta críticas severas por suas condições precárias, incluindo calor extremo, infestação de insetos e alimentação insuficiente. Parlamentares e representantes estaduais que visitaram a unidade exigem seu fechamento imediato devido ao tratamento dispensado aos imigrantes.