- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


A votação do projeto de lei que concede reajuste de 6,8% aos servidores públicos de Mato Grosso foi novamente adiada e deve ocorrer apenas na próxima semana. O novo pedido de vista partiu do deputado Chico Guarnieri (PRD), durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa (ALMT) nesta quarta-feira (12).
A proposta já havia sido aprovada em primeira votação e recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Antes disso, o texto já havia sido alvo de pedidos de vista dos deputados Beto Dois a Um (União) e Doutor Eugênio (PSB).
Sem apresentar justificativa, Guarnieri solicitou o adiamento da análise, o que foi aceito pela Mesa Diretora, mas com alerta de que esta será a última vez. “Vistas concedidas, avisando que é a última vista. Na próxima quarta-feira, não existirá vistas e irá à votação. Não haverá instrumentos para protelar esse julgamento”, afirmou o presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB).
A deputada Janaina Riva (MDB) criticou o novo atraso e afirmou que já havia previsão de manobras políticas para adiar a votação do reajuste. Ela destacou que, após este último pedido de vista, não haverá mais impedimentos regimentais para votar o projeto. “Nós sabíamos da possibilidade de um novo pedido de vista, mas agora não caberá mais nenhuma manobra. Cancelaremos nossas agendas para garantir presença na votação. Nosso compromisso é com os servidores do Judiciário”, disse.
Durante a tramitação, o deputado Eduardo Botelho (União), presidente da CCJR e relator do projeto, emitiu parecer favorável, reforçando que o reajuste não fere o teto de gastos e que o Judiciário tem autonomia para definir a remuneração de seus servidores. Ainda assim, o deputado Doutor Eugênio (PSB) solicitou vista anterior alegando necessidade de análise pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues, criticou o governo Mauro Mendes (União), acusando o governador de interferir em projetos de competência dos demais Poderes. Segundo ele, o Executivo estaria tentando influenciar o ritmo de votação do aumento salarial.
Veja o vídeo: