sábado, 26 - abril 2025 - 10:50

Dilmar Dal Bosco critica moratória da soja e acusa tradings de desrespeitar legislação brasileira


Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco (União)
Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco (União)

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT) e líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União Brasil), fez duras críticas à moratória da soja e à atuação das grandes tradings do setor. Para o parlamentar, a medida é “uma vergonha” e penaliza injustamente os produtores rurais da região amazônica, em especial de Mato Grosso.

“A moratória é um absurdo. O que essas tradings estão fazendo com o povo brasileiro, com o povo mato-grossense, é inaceitável. Elas deveriam respeitar a legislação vigente”, declarou Dal Bosco à imprensa.

Segundo ele, a legislação ambiental brasileira já é uma das mais rigorosas do mundo e, ainda assim, o produtor continua sendo penalizado. “O Congresso Nacional nunca tomou medidas concretas para corrigir essas distorções que prejudicam o setor produtivo”, afirmou.

Dal Bosco também questionou a atuação das empresas do agronegócio internacional, acusando-as de priorizarem lucros em detrimento dos interesses nacionais. “Essas grandes empresas só pensam em seu próprio benefício. Não se importam com o trabalhador rural, com a geração de empregos ou com a agricultura brasileira. Isso demonstra total falta de compromisso com o país”, criticou.

O parlamentar também direcionou críticas às organizações não governamentais (ONGs), que, segundo ele, “atrapalham” o setor produtivo. “ONGs são uma vergonha, muitas vezes financiadas pelo Governo Federal e por grandes empreendedores que não querem ver a agricultura do Brasil prosperar. Espero que o STF não se deixe influenciar por essas falácias”, completou.

A moratória da soja foi criada por iniciativa de grandes empresas do setor como forma de combater o desmatamento na Amazônia, impedindo a compra de grãos produzidos em áreas desmatadas após 2008. O tema voltou ao centro dos debates após o aumento da pressão por regras mais rígidas de rastreabilidade ambiental, especialmente por parte do mercado internacional.

+