domingo, 27 - julho 2025 - 18:30

Deputado de MT é retirado de acampamento com 'fãs de bolsonaro' no STF


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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado federal Rodrigo da Zaeli (PL-MT) e outros parlamentares do Partido Liberal fossem retirados de um acampamento montado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde manifestavam protesto contra restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação é da CNN Brasil.

Na decisão, assinada na noite de sexta-feira (25), Moraes cita nominalmente os deputados Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). A Polícia Militar do Distrito Federal foi acionada para retirar os manifestantes, sob pena de prisão em flagrante caso houvesse resistência ou desobediência.

Moraes também determinou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), impeça a formação de novos acampamentos no local, afirmando que a manifestação poderia configurar “possível ato criminoso”.

Apesar da ordem, alguns parlamentares negaram estar presentes no protesto. Sóstenes Cavalcante afirmou, nas redes sociais, que está no Rio de Janeiro: “Avisem o ministro Alexandre de Moraes que ele deve estar confundindo os fatos ou surtando. Estou no Rio, trabalhando na minha base eleitoral”.

Cabo Gilberto Silva também negou a presença em Brasília: “Mais um erro grave do STF. Eu estou trabalhando na Paraíba nesse momento”, escreveu.

Já o deputado Hélio Lopes montou uma barraca em frente ao STF na tarde de sexta-feira, usando uma fita branca na boca como forma de protesto silencioso. O Coronel Chrisóstomo, que também esteve no local, disse que se juntaria ao ato, classificado por ele como pacífico e voltado à demonstração de “insatisfação” com as decisões contra Bolsonaro.

Após a decisão do STF, Hélio Lopes afirmou que a praça havia sido cercada e questionou o estado da democracia: “Se a liberdade precisa de escolta, então já não estamos em uma democracia plena”, publicou.

O caso amplia o embate entre o Supremo e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo parlamentares que questionam a legitimidade das decisões da Corte.

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