O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), que teve a filha Raquel assassinada em um caso de feminicídio no ano passado, não assinou o requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). A informação foi confirmada pela autora da proposta, deputada Edna Sampaio (PT).

Até a tarde desta terça-feira (26), o documento reunia 11 assinaturas, mas pelo menos quatro parlamentares já manifestaram intenção de retirar o apoio. Como o regimento exige oito assinaturas, a definição sobre a abertura deve ocorrer apenas nesta quarta-feira (27).

Nos bastidores, a avaliação é de que parlamentares da base do governo foram pressionados a recuar sob o argumento de que a CPI poderia gerar desgaste político e prejudicar o cenário eleitoral de 2026.