- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 26 , JUNHO 2025
O vereador Tenente-Coronel Dias (Cidadania) se manifestou na manhã desta terça-feira (26) sobre a investigação que apura a possível alteração da cena do crime pelos policiais militares no caso do feminicídio de Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, morta pelo cabo PM Ricker Maximiano de Moraes.
A acusação partiu do delegado responsável pelo caso, Edison Pick, que afirmou estar apurando a conduta dos agentes envolvidos.
Questionado sobre a gravidade das suspeitas e o impacto institucional, Dias pediu sensibilidade no tratamento do tema.
“Esse assunto precisa ser tratado com muito cuidado e respeito à família. Gabrieli tinha apenas 31 anos e três filhos. Minhas condolências a todos”, declarou o vereador.
Dias defendeu a atuação dos policiais militares e criticou a conduta do delegado.
“As informações que recebi, vindas dos próprios policiais, indicam que eles tentaram auxiliar o soldado Moraes a se entregar. Acredito que houve um equívoco por parte do delegado e que as declarações foram precipitada,” afirmou.
Segundo o parlamentar, não há indícios de tentativa de acobertamento.
“Um fato tão claro e notório como este não pode ser tratado como esconder provas. Infelizmente, a morte bárbara dessa mulher está bem evidenciada pelo crime cometido por esse policial,” acrescentou.
Dias destacou sua confiança nos relatos dos policiais presentes no local, que segundo ele, tentaram mediar a situação para que Moraes se entregasse.
O vereador também ressaltou a necessidade de responsabilização do autor do crime, mas pediu atenção especial à saúde mental dos agentes envolvidos.
“Esse policial militar não está bem e deve ser responsabilizado. As provas precisam ser levadas ao juiz para que a justiça seja feita. Porém, é fundamental compreender a situação psicológica do policial, que estava passando por problemas graves. Precisamos dar atenção a essa questão de extrema relevância, a saúde mental dos nossos policiais militares,” afirmou.
Por fim, Dias defendeu que não se crie uma guerra institucional entre a Polícia Militar e a Polícia Civil.
“Não precisamos criar uma situação institucional. Após o ato bárbaro, Moraes estava fora de si. Acredito que houve falta de paciência e inconsistência nas informações sobre o local do crime,” concluiu o tenente-coronel.