sexta-feira, 26 - setembro 2025 - 14:57

Em 2 anos, 28 suplentes já viraram deputados numa AL com 24 vagas


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Num cenário que mistura acordos políticos e rodízios estratégicos, nada menos que 28 suplentes já assumiram temporariamente uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, no intervalo de apenas dois anos desta legislatura.

Os mais recentes a ocupar uma vaga foram Valdeníria Dutra, Edcley Coelho, Arnaldo Júnior e Edna Sampaio. A maioria dos suplentes atuou por períodos curtos — em geral, apenas 30 dias —, sem sequer conseguir nomear assessores ou deixar marca significativa no mandato. Muitos deles, aliás, tiveram votações irrisórias nas eleições de 2022.

Para abrir espaço aos suplentes, vários deputados titulares se licenciaram duas ou mais vezes, em manobras políticas que têm gerado críticas. Enquanto exercem o mandato, mesmo que brevemente, os suplentes recebem uma remuneração total que se aproxima de R$ 100 mil por mês, somando R$ 30 mil de subsídio e R$ 65 mil de verba indenizatória (VI).

Desde 2023, outros que também passaram pela Assembleia como deputados por alguns dias foram: Henrique Lopes, Graciele Marques, Baiano Filho, Gilberto Figueiredo, Valter Miotto, Xuxu Dal Molin, Adenilson Rocha, Leandro Damiani, Reck Júnior, Francis Maris, Alex Sabino, Silvano Amaral, Shelila Krener, Roni Magnani, Marildes Ferreira, Hugo Garcia, Priscila Dourado, Cláudio Senna, Sandy de Paula, Wlad Mesquita, Gilmar Miranda, Moacir Couto e Chico Guarnieri, este último efetivado no cargo após a renúncia de Cláudio Ferreira.

A prática do rodízio de suplentes levanta debates sobre o real compromisso com a representatividade e a eficiência legislativa, além de expor os altos custos envolvidos, mesmo em mandatos relâmpagos.

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