Ao se referir ao ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos (EUA), o liberal classificou sua situação como de exílio político. “Ele é um exilado político, esse é o termo certo. Uma pessoa que, diante das circunstâncias de perseguição, teve que buscar refúgio em outra nação”, pontuou.
O prefeito de Cuiabá também fez duras críticas ao cenário político atual e ao que classificou como censura e abuso de poder. “Não é fácil, em um país onde a censura interfere, liderar um movimento, liderar um sentimento. É muito mais do que um partido, é um sentimento de indignação”, disse. “Essa revolta não é contra uma instituição. Não é contra a Câmara, o Senado ou o Supremo como instituição. É contra uma única pessoa que, ao entendimento da população, passou do limite”, acrescentou.
O prefeito também alertou para os efeitos econômicos da crise institucional. “Como prefeito de uma capital, reclamo que isso traz um prejuízo muito grande à economia da minha cidade. Isso vai trazer desemprego. Eu falaria para as pessoas pouparem dinheiro para os dias difíceis que virão, mas elas não têm nem dinheiro para poupar”, afirmou.
Abilio exaltou a resistência de parlamentares que se opõem às decisões do STF, comparando a um “sacrifício”. “Quero reconhecer aos bravos senadores que, com muito esforço e sacrifício, têm se posicionado. Isso envolve sacrifício. Aqueles que se omitirem diante da história serão cobrados por ela”, pontuou.
A mobilização em Brasília contou ainda com a participação de senadores da oposição que ocuparam a Mesa Diretora do Senado, impedindo os trabalhos da Casa. A exigência é de que o presidente do Senado e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) dialogue, em conjunto, com a oposição e avalie o que consideram medidas abusivas por parte do STF. O grupo anunciou que pretende dormir no plenário e seguir obstruindo a pauta legislativa com retirada de quórum, apresentação de requerimentos e protestos.
Além de Wellington Fagundes, os senadores Margareth Buzetti (PSD-MT) e Jayme Campos (União Brasil-MT) assinaram o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
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