O ex-vereador de Cuiabá e servidor do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Luís Claudio, foi afastado das suas funções nesta quarta-feira (13) por suspeita de participação em um esquema que desviou mais de R$ 20 milhões da conta única do Judiciário estadual. A decisão foi tomada pelo presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira.

Luís Claudio é investigado por supostas ligações com o empresário João Gustavo Ricci Volpato, apontado como líder da organização criminosa. Ambos trabalharam juntos na Prefeitura de Cuiabá na gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Com o afastamento de Luís Claudio, quatro servidores do TJMT já estão fora de suas funções por suspeita de envolvimento no esquema, incluindo Mauro Ferreira Filho, considerado peça-chave da organização, e Eva da Guia Magalhães e Cláudia Regina Dias de Amorim Del Barco Correa.

A Polícia Civil indiciou Mauro Ferreira Filho e João Gustavo Ricci Volpato por organização criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Outros dez investigados, entre eles familiares e empresários ligados ao esquema, também foram indiciados pelos mesmos crimes.

O relatório final da Delegacia de Estelionato de Cuiabá, enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), recomenda a abertura de inquérito complementar para apurar a conduta de Eva da Guia e Cláudia Regina, que não foram indiciadas.

A Operação Sepulcro Caiado cumpriu mais de 160 ordens judiciais, incluindo 11 prisões preventivas, 22 buscas e apreensões, 16 bloqueios judiciais que somam R$ 21,7 milhões, além do sequestro de 18 veículos e 48 imóveis e 46 quebras de sigilo bancário e fiscal.