- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


Cuiabá registrou uma leve queda no número de famílias com contas a vencer, passando de 86,8% em agosto para 85,7% em setembro. Segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o total de famílias endividadas na capital mato-grossense diminuiu de 181 mil em agosto para 179 mil em setembro.
No recorte das famílias inadimplentes — aquelas com pagamentos atrasados — também houve uma pequena redução, de 15,6% para 15,3% no mesmo período.
O presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, destacou que os dados indicam um esforço das famílias cuiabanas para controlar seus gastos. “A estabilidade na inadimplência, aliada à leve redução no número de famílias com contas em atraso, reflete a capacidade das famílias de arcarem com suas dívidas, optando por uma maior contenção financeira e, consequentemente, pela redução do endividamento”, afirmou.
Sobre o nível de endividamento, a pesquisa aponta que 45,6% das famílias entrevistadas dizem ter poucas dívidas, enquanto 31% se consideram moderadamente endividadas e 9% afirmam possuir muitas dívidas.
O cenário nacional, entretanto, contrasta com o local: o endividamento das famílias no Brasil continua em alta, subindo de 78,8% para 79,2% entre agosto e setembro. A inadimplência também cresceu pelo sexto mês consecutivo, com o número de famílias em atraso passando de 5,18 milhões para 5,21 milhões.
Wenceslau Júnior ressaltou que “a situação em Cuiabá evidencia um esforço local para ajuste financeiro e contenção de gastos. As famílias da capital têm conseguido quitar parte de suas dívidas, mantendo uma saúde financeira relativamente mais equilibrada em comparação com a média nacional, o que também contribui para a movimentação da economia local”.
Em relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito permanece como a principal fonte de endividamento em Cuiabá, representando 79,2%, seguido pelos carnês, com 22,8%. Financiamentos de automóveis e imóveis aparecem em menor proporção, com 5% e 4,1%, respectivamente.
Quanto ao pagamento das dívidas atrasadas, 37,7% das famílias acreditam que conseguirão quitar ao menos parte do valor devido, 32,1% afirmam que vão pagar integralmente, enquanto 30,2% acreditam que não conseguirão quitar suas dívidas. Entre os inadimplentes, 4,6% declararam que não têm expectativa de pagamento, um leve aumento em relação aos 4,3% registrados no mês anterior.
Sobre o tempo de comprometimento com as dívidas, 34,3% afirmaram estar endividados há mais de um ano, seguidos por 25,1% com dívidas entre três e seis meses, 23,1% até três meses e 17,4% entre seis meses e um ano.