O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), planeja retornar temporariamente ao Senado Federal no final deste ano com o objetivo de despachar emendas parlamentares previstas para execução em 2026. A soma das emendas individuais e de bancada ultrapassa R$ 120 milhões.

Durante o retorno, o segundo suplente, José Lacerda (PSD), que atualmente ocupa a vaga no Senado, será temporariamente afastado. Fávaro deve permanecer no cargo por apenas 24 horas, tempo suficiente para cumprir os trâmites necessários para a liberação dos recursos. Em seguida, ele reassumirá o comando do Ministério da Agricultura, onde permanecerá até março de 2026 — prazo previsto para sua desincompatibilização com o Executivo, com vistas à tentativa de reeleição como senador.

A primeira suplente, Margareth Buzetti (PP), que ocupou a cadeira no Senado enquanto Fávaro esteve à frente do ministério, não deve mais retornar à Casa nesta legislatura. Após rompimento político com o ministro, ela se despediu do mandato de forma definitiva.

Nos últimos anos, Fávaro já adotou a mesma estratégia: afastou-se temporariamente do ministério para encaminhar emendas e retornou ao cargo em seguida. Além disso, esteve no Senado em momentos decisivos para o governo Lula (PT), como nas votações do Marco Temporal e na sabatina que resultou na aprovação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).