A Terra Indígena Sararé, localizada entre Conquista d’Oeste e Pontes de Lacerda (MT), na fronteira com a Bolívia, habitada pelo povo Nambikwara, enfrenta um grave surto de degradação ambiental causado pelo garimpo ilegal. A região lidera nacionalmente o número de alertas de garimpo, com 1.436 ocorrências em 2025, que resultaram na destruição de 599 hectares de vegetação — uma área equivalente a centenas de campos de futebol Serviços e Informações do Brasil.

Impactos ambientais e sociais

O desmatamento, que já atingiu quase 750 hectares, tem ocorrido em ritmo acelerado, abrindo crateras, contaminando rios com mercúrio e causando assoreamento, além de ameaçar a fauna local Diario de CuiabáServiços e Informações do Brasil.

Cerca de 570 hectares foram devastados em 2024, segundo o sistema de alerta DETER, superando até mesmo outras TIs de destaque, como a Kayapó Greenpeace.
Além da devastação ecológica, a atividade criminosa trouxe violência: facções como o Comando Vermelho vêm dominando os pontos de garimpo, expondo indígenas a risco de mortes, assassinatos e violência armada Terras Indígenas.

Operações de resposta e destruição de maquinário

Diante deste cenário alarmante, o Estado federal conduziu diversas operações de combate.

Operação Xapiri‑Sararé (fevereiro de 2025): destruiu 11 escavadeiras hidráulicas, além de veículos, tratores, motores e armas (fuzis, espingardas, munição) usados por garimpeiros Serviços e Informações do Brasil.

Operação Onipresente (junho de 2025): inutilizou 18 escavadeiras, caminhões, tratores, motocicletas, motobombas e 8 mil litros de diesel Serviços e Informações do Brasil.

Essas ações envolvem diversos órgãos federais, incluindo Ibama, Funai, Polícia Federal, Força Nacional, PRF, GEFron e Polícia Militar Serviços e Informações do Brasil+1.

Pedido formal para remoção dos invasores

A Defensoria Pública da União (DPU) recomendou ao governo federal a imediata desintrusão da TI Sararé, alertando para a violência estrutural, uso de mercúrio e cianeto, graves alterações nos cursos d’água e altos riscos à integridade física dos indígenas — incluindo denúncias de estupro, ameaças e destruição de aldeias Diario de Cuiabá.

Contexto histórico e importância da TI Sararé

Homologada em 1985, a TI Sararé ocupa 67,4 mil hectares. Desde a década de 1990, intensas frentes de garimpo já haviam sido combatidas. A retomada da atividade ilegal após a retirada de garimpeiros exigiu nova atuação de fiscalização e destruição de maquinário Serviços e Informações do Brasil+1.

Síntese

A TI Sararé está sob forte pressão ambiental e social, com devastação massiva, violência crescente e contaminação dos ecossistemas. Enquanto o garimpo avança, o Estado tem escalado sua resposta por meio de operações coordenadas com diversos órgãos. No entanto, organizações indígenas alertam que somente a presença contínua do Estado e a desintrusão eficaz poderão restabelecer a segurança e garantir a preservação do território.