- CUIABÁ
- SEXTA-FEIRA, 11 , JULHO 2025
O governador da província de West Nusa Tenggara, na Indonésia — onde está localizado o Monte Rinjani — divulgou uma carta aberta aos brasileiros nesta terça-feira (1º), reconhecendo as falhas na operação de resgate da turista Juliana Marins, que morreu após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão.
Na mensagem publicada em suas redes sociais, o governador Lalu Iqbal afirmou que, desde o momento em que o governo foi informado do acidente, as equipes de resgate atuaram com urgência e dedicação. No entanto, ele admitiu que faltam profissionais especializados e equipamentos adequados para esse tipo de missão.
“Reconhecemos que o número de profissionais certificados em resgate vertical ainda é insuficiente e que nossas equipes não dispõem dos equipamentos avançados necessários para operações dessa complexidade. Também percebemos que a infraestrutura de segurança ao longo das trilhas do Rinjani precisa ser aprimorada”, declarou.
Juliana Marins fazia uma trilha na borda do Monte Rinjani quando sofreu a queda. Ela ficou à espera de resgate por alguns dias, mas quando os socorristas finalmente conseguiram chegar ao local, constataram que ela já havia morrido.
Segundo o governador, a operação foi prejudicada por condições climáticas adversas e pela geografia da região.
“A névoa espessa e a chuva persistente dificultaram os esforços de resgate desde o primeiro dia. O terreno arenoso e instável próximo ao local representava um risco extremo para os dois helicópteros que foram mobilizados”, explicou Iqbal.
Apesar das dificuldades, ele ressaltou a dedicação das equipes envolvidas e destacou o valor cultural do acolhimento aos visitantes.
“Nossos profissionais colocaram a própria segurança em risco. Na nossa cultura, aqueles que entram na nossa terra são considerados membros da família”, afirmou.
A morte de Juliana Marins gerou comoção no Brasil e levantou questionamentos sobre as condições de segurança em trilhas e vulcões na Indonésia, um destino turístico bastante procurado por estrangeiros. A carta do governador é vista como um gesto diplomático diante das críticas à condução do resgate.