- CUIABÁ
- SEGUNDA-FEIRA, 5 , MAIO 2025
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), reagiu nesta segunda-feira (5) às críticas feitas pela deputada estadual Janaina Riva (MDB), que acusou o Executivo de realizar um boicote seletivo no pagamento de emendas parlamentares, prejudicando aqueles que não fazem parte da base aliada. Durante a inauguração de escolas cívico-militares, Mendes negou qualquer tipo de retaliação e afirmou que, em uma democracia, há consequências naturais para quem adota a postura de oposição.
“Se a deputada assumiu ser oposição, como afirmou o próprio secretário [Fábio Garcia], há bônus e ônus. Ele [Garcia] é oposição ao governo federal, e as emendas dele estão entre as últimas a serem pagas”, declarou o governador.
Embora não tenha citado diretamente o nome de Janaina Riva, Mendes criticou o que classificou como “vitimismo” por parte da parlamentar. “A oposição gosta de criticar, gosta de propagar afirmações que, muitas vezes, não correspondem à verdade. O ônus disso é um relacionamento não sadio com o governo”, afirmou.
Quando questionado sobre a posição de Janaina Riva, Mendes foi claro: “Não ser base é não ser base. O comportamento dela, sim, é de oposição.”
O governador também analisou o tom cada vez mais crítico adotado pela deputada e sugeriu que isso poderia ser um indicativo de uma movimentação eleitoral antecipada para 2026. “Eu mesmo, de vez em quando, critico o governo. Não sou pai nem mãe de todos os problemas do Estado. Muitos estamos resolvendo; outros, ficarão para quem vier depois. Agora, a relação precisa ser pautada na verdade, lealdade e reciprocidade. Parece que o cenário de 2026 já está escancarado”, disse Mendes.
Nos bastidores, a tensão entre o Palácio Paiaguás e a deputada tem se intensificado, e o tom das declarações públicas reflete um distanciamento crescente, o que pode ter repercussões no cenário político de Mato Grosso nas eleições de 2026.