O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o valor total a ser ressarcido a aposentados e pensionistas do INSS, em razão de descontos indevidos em contracheques, pode chegar a R$ 2 bilhões. A estimativa foi divulgada em entrevista ao jornal O Globo.

“Considerando o número de reclamações, fizemos algumas projeções e chegamos a essa conta. Acredito que o valor final ficará entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões”, declarou Haddad.

A projeção leva em conta as queixas registradas por beneficiários por meio do aplicativo Meu INSS e da central telefônica 135, após a revelação do escândalo envolvendo cobranças não autorizadas de mensalidades associativas diretamente na folha de pagamento.

O governo ainda não definiu o modelo de ressarcimento, o que tem gerado divergências internas. Um dos pontos indefinidos é se será necessária a abertura de crédito extraordinário ou se os valores já bloqueados de sindicatos e associações envolvidos no caso serão suficientes para cobrir os prejuízos.

“Não temos uma estimativa fechada, mas já há centenas de milhões de reais bloqueados dessas associações. Ninguém será prejudicado, mas os responsáveis vão ter que arcar com os custos, inclusive com seus bens pessoais”, afirmou o ministro.

Nesta segunda-feira (26), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou a devolução de valores referentes aos descontos indevidos aplicados na folha de pagamento de abril de 2025. Ao todo, serão reembolsados R$ 292 milhões a aposentados e pensionistas. O pagamento será realizado juntamente com os benefícios regulares, entre os dias 26 de maio e 6 de junho.