- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 27 , AGOSTO 2025
Com dificuldades para montar chapas competitivas, quatro partidos que atualmente ocupam cadeiras na Assembleia Legislativa correm sério risco de desaparecer da próxima legislatura. PRD, Cidadania, PSB e PSDB enfrentam desafios crescentes diante de um cenário eleitoral que exigirá quociente acima de 70 mil votos — o que significa, na prática, cerca de 25 mil votos por deputado eleito ou reeleito.
No caso do PSDB, o deputado Carlos Avalone não conseguiu viabilizar a federação com o Cidadania e ainda mantém esperanças de uma aliança com o PSB. No entanto, a chapa tucana tem apenas três nomes com alguma relevância: o próprio Avalone e os suplentes Adenilson Rocha, de Sinop, e Sheila Klener, de Rondonópolis.
O PSB, por sua vez, sofrerá uma debandada. Todos os seus atuais parlamentares — Beto Dois a Um, Max Russi, Fábio Tardin e José Eugênio — devem deixar a sigla. Ao menos três deles (Beto, Max e Tardin) devem migrar para o Podemos nas próximas janelas partidárias.
O PRD também perderá seu único assento, com a anunciada filiação do deputado Chico Guarnieri ao Podemos, prevista para março do próximo ano. O Cidadania, por fim, deve ficar sem representação com a saída de Faissal Calil, que prepara sua filiação ao PL.
A conjuntura indica um encolhimento expressivo dessas legendas no Legislativo estadual, acentuado pela dificuldade de articulação política e pela fragmentação partidária em curso.