Pré-candidato ao Senado, o ex-governador Pedro Taques enfrenta dificuldades para viabilizar sua filiação a um novo partido, diante do isolamento político provocado por antigos aliados. Brigado com os grupos liderados pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), e pelo governador Mauro Mendes (União Brasil), Taques tem esbarrado em portas fechadas nas legendas que estavam no seu radar.

Das três opções cogitadas — PV, PSB e Avante —, a filiação ao Partido Verde praticamente naufragou após intervenção direta de Fávaro, que já foi vice de Taques no Executivo estadual. Hoje senador licenciado e integrante da base do presidente Lula, Fávaro atua para barrar o retorno do ex-governador ao cenário político, temendo que sua presença atrapalhe sua própria tentativa de reeleição. Além disso, avalia que Taques tem perfil desagregador.

O PSB, por sua vez, seria uma escolha natural, já que Taques mantém boa relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin, principal liderança da legenda. No entanto, segundo apuração nos bastidores, o Palácio Paiaguás também estaria se movimentando para impedir sua entrada na sigla, atualmente sob o comando de Max Russi em Mato Grosso.

Com isso, restaria a Taques apenas o nanico Avante como alternativa viável — um cenário que expõe a fragilidade de sua articulação política no atual momento.