- CUIABÁ
- DOMINGO, 14 , DEZEMBRO 2025


O senador Jayme Campos (União) voltou a criticar duramente o secretário da Casa Civil, Fábio Garcia (União), ao afirmar que o suplente foi “frouxo” e “fraco” por não ter imposto sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá em 2024. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Cultura, nesta quinta-feira (11). Garcia desejava disputar o comando do Palácio Alencastro, mas acabou preterido em favor de Eduardo Botelho (União), derrotado no pleito.
Segundo Jayme, a responsabilidade pela não candidatura de Fábio foi exclusivamente dele. “Ele que foi frouxo, desculpa a expressão. Foi fraco. Não impôs a autoridade que deveria impor”, afirmou.
Embora pertençam ao mesmo partido, Jayme e Fábio integram grupos distintos dentro do União. A tensão se intensificou após o senador anunciar sua pré-candidatura ao governo do Estado sem o aval do presidente estadual da sigla, o governador Mauro Mendes, que já declarou apoio ao vice Otaviano Pivetta (Republicanos).
Aliados de Jayme criticam a forma como Mendes anunciou a preferência por Pivetta sem consultar o diretório. Na mesma linha, Fábio relembrou que, na disputa para definir o candidato a prefeito de Cuiabá em 2024, também não houve um processo interno transparente. Jayme rebateu essa comparação e afirmou que a escolha de Botelho ocorreu devido ao melhor desempenho dele nas pesquisas. “Ele só não foi candidato porque o Mauro entendeu que o Botelho estava mais bem posicionado. Foi uma decisão baseada nos números”, disse.
O embate entre os dois já havia se intensificado nesta semana. Fábio declarou que a pré-candidatura de Jayme ao governo não foi comunicada formalmente ao partido e que soube da decisão pelo Instagram, após o senador divulgar um vídeo afirmando que não abriria mão da disputa.
Jayme lançou oficialmente sua pré-candidatura na quarta-feira (10), reforçando que permanecerá no páreo “doa a quem doer”. A posição expõe o racha dentro do União Brasil em Mato Grosso, que ainda terá de administrar a disputa entre Jayme e o projeto político apoiado por Mauro Mendes.