- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 26 , JUNHO 2025
O vereador de Cuiabá, Jeferson Siqueira (PSD), ironizou os colegas ao rebater as críticas sobre a moção de aplausos concedida por ele a Gilmar Machado da Costa, o “Gilmarzinho”, morto em confronto com a polícia. As reclamações vieram de vereadores bolsonaristas, que viram na homenagem um escândalo, mas preferem se calar quando seus líderes exaltam personagens bem mais controversos.
Jeferson lembrou que os irmãos Bolsonaro, Carlos e Flávio, também distribuíram moções a militares condenados por crimes no Rio de Janeiro. “Fizeram moção para 16 policiais denunciados pelo Ministério Público por envolvimento com o crime organizado. Eles que defendem essa linha extremista também erraram”, disparou o vereador, deixando um silêncio desconfortável no ar.
Sem esconder a ironia, Jeferson ainda sugeriu um “pente-fino” nas moções concedidas pela Câmara, apontando que alguns vereadores já distribuíram milhares de homenagens sem sequer saber a quem estavam aplaudindo. “Tem gente que passou por aqui e concedeu mais de 4 mil moções. Será que eles têm conhecimento de todas essas pessoas?”, alfinetou.
A resposta do parlamentar foi motivada pelo discurso inflamado do vereador Rafael Ranalli (PL), que subiu à tribuna para parabenizar a polícia e criticar a homenagem concedida a Gilmarzinho. Em tom exaltado, Ranalli afirmou que continuará homenageando policiais e que não admitiria “faccionados sendo exaltados em nossa capital”.