- CUIABÁ
- DOMINGO, 7 , SETEMBRO 2025
O vereador Sargento Joelson (PSB) retomou o mandato na Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira (4), após 126 dias afastado por suspeita de participação em um esquema de propinas em obras do Contorno Leste. Também alvo da Operação Perfídia, o vereador Chico 2000 (PL) retornou no mesmo dia.
Em entrevista, Joelson negou envolvimento em irregularidades e questionou a validade das provas apresentadas pelo diretor da construtora HB20, João Jorge, responsável pela denúncia. Segundo o parlamentar, os prints usados no inquérito representam apenas oito conversas, quando o histórico ultrapassaria 500 mensagens. Ele defendeu que a quebra do sigilo dos dois celulares poderá esclarecer a situação.
“Infelizmente, a pessoa que fez a denúncia para se tentar salvar de um outro processo, abriu um novo processo contra nós, forjou, eu tinha mais de 500 conversas com essa pessoa”, contou.
Joelson afirmou ainda que João Jorge teria feito a denúncia para “se salvar” de outro processo interno na empresa, que apura um suposto desvio de R$ 4 milhões. Ele declarou que o empresário foi demitido dias antes da acusação e deixou de pagar fornecedores.
O vereador relatou que atuou como intermediário entre a construtora e credores, repassando reclamações de motoristas, fornecedores e prestadores de serviços que afirmavam não ter recebido pelos trabalhos realizados. Segundo ele, esse papel teria motivado a divulgação de áudios interpretados como cobrança de propina.
“Eu apenas cobrei que a empresa honrasse os compromissos. Não era uma cobrança em benefício pessoal, mas em nome dos fornecedores”, afirmou.
A Operação Perfídia foi deflagrada pela Polícia Civil para investigar supostos pagamentos ilícitos ligados à aprovação de um projeto que autorizou a Prefeitura de Cuiabá a quitar dívidas e emitir certidões.