A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 12 de novembro, às 9h, o júri popular de Jocilene Barreiro, seu filho Wanderley Barreiro da Silva e do suposto executor Silvio Júnior Peixoto, acusados do assassinato do empresário Gersino Rosa dos Santos e do vendedor Cleiton de Oliveira de Souza Paulino.

O duplo homicídio ocorreu em novembro de 2023, dentro do Shopping Popular de Cuiabá, e foi registrado por câmeras de segurança.

A decisão foi publicada nesta terça-feira (5) pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal da Capital. Na mesma decisão, a magistrada manteve a prisão preventiva dos três réus para garantir a aplicação da lei penal.

Crime motivado por vingança

De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Jocilene e Wanderley teriam contratado Silvio Peixoto por R$ 10 mil para executar Gersino, como forma de vingança. A motivação seria a suspeita de que a vítima estaria envolvida na morte de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como “Maranhão” — filho de Jocilene e irmão de Wanderley —, assassinado no bairro Santa Laura, em Cuiabá, duas semanas antes do crime no shopping.

Durante a execução, Cleiton Paulino, que não era o alvo e trabalhava em uma banca próxima, acabou atingido pelo mesmo disparo que matou Gersino. Segundo a polícia, o projétil transpassou a primeira vítima e atingiu Cleiton, que morreu ainda no local.

Câmeras flagraram o crime

Imagens do circuito interno do Shopping Popular mostram o momento do crime. O atirador aparece circulando pelos corredores, observando Gersino enquanto ele conversava com outras pessoas. Em seguida, ele retorna, saca a arma e efetua o disparo, fugindo logo após.

As duas vítimas morreram antes da chegada do socorro, dentro do centro comercial.

O julgamento do caso promete atrair atenção pela brutalidade do crime e pela motivação atribuída aos acusados, envolvendo vingança e erro na execução.