O deputado estadual Júlio Campos (União) avaliou, nesta quarta-feira (10), que a direita terá dificuldades para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Segundo ele, Lula é um adversário com forte capacidade de articulação política e costuma adotar medidas populares que, na visão do parlamentar, funcionam como “antecipação de compra de votos”.

Júlio citou, como exemplo, programas sociais e medidas econômicas do governo federal. “Bolsa isso, bolsa aquilo, isenção disso, isenção daquilo”, declarou, em referência ao Bolsa Família e ao reajuste da faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

O deputado afirmou que derrotar um presidente no exercício do cargo já é difícil por natureza, e ainda mais quando se trata de alguém “que sabe fazer política como Lula”. Para ele, a única chance da oposição é apresentar união. “Se a direita estiver desunida, não terá o sucesso esperado”, disse.

Atualmente, o nome escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para disputar o Planalto é o do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Questionado sobre as chances do senador superar Lula, Júlio classificou a resposta como complexa. Ele lembrou que, mesmo com a máquina pública nas mãos em 2022, Bolsonaro perdeu por uma diferença pequena. “Perdemos por 1% ou 2%. Não sei se houve algo fora do normal, mas perdemos”, afirmou.

Júlio também comentou que esperava ver o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), assumir a liderança do campo da direita na corrida eleitoral, o que não ocorreu. Ainda assim, ele ponderou que o atual governo não vive seu melhor momento. “A última pesquisa mostra que a maioria da população não concorda com as medidas adotadas. Mas eleição é eleição”, finalizou.