- CUIABÁ
- QUINTA-FEIRA, 27 , NOVEMBRO 2025


A Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias do policial militar Raylton Mourão e de sua esposa, Aline Valando Kounz, suspeitos de envolvimento no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, ocorrido na última quinta-feira (11), em Várzea Grande (MT).
O casal não foi localizado durante as diligências da Polícia Civil e, agora, é considerado foragido. A principal linha de investigação aponta que o crime pode ter sido motivado por um acidente de trânsito, ocorrido meses antes.
Acidente de trânsito pode ter motivado a execução
Segundo as investigações, a execução da personal pode estar relacionada a um acidente de trânsito registrado em março deste ano, envolvendo o carro de Rozeli, um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável — de propriedade de Raylton e Aline — e uma motocicleta.
Na ocasião, o caminhão teria invadido uma via preferencial sem sinalização, forçando Rozeli a frear bruscamente. Em seguida, a traseira do veículo dela foi atingida por um motociclista.
Em julho, Rozeli ingressou com uma ação judicial pedindo indenização de até R$ 9,6 mil, por danos materiais e morais. Uma audiência de conciliação entre as partes estava marcada para a próxima terça-feira (16).
Crime foi registrado por câmeras de segurança
Rozeli foi morta com diversos tiros no rosto, quando saía de casa para o trabalho, no bairro Cohab Canelas, por volta das 6h. Imagens de câmeras de segurança mostram dois homens se aproximando em uma motocicleta. O garupa desce, caminha até a vítima e efetua os disparos à queima-roupa, fugindo em seguida com o comparsa.
A personal trainer era casada com um caminhoneiro, que estava em viagem no dia do crime, e deixou duas filhas.
Mandados de busca e apreensão
No último sábado (13), a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do casal, no bairro São Simão, mas os suspeitos já não estavam no local.
Durante a operação, foram apreendidos pertences pessoais de Raylton, incluindo sua arma funcional e carteira profissional. O sistema de monitoramento por câmeras da casa havia sido retirado, o que impossibilitou a verificação de movimentações recentes.
Entre os objetos apreendidos, também estava um capacete semelhante ao usado pelo atirador registrado nas imagens de segurança. Todo o material será encaminhado para perícia técnica.

Empresa irregular e investigação paralela
Além do homicídio, a Polícia Civil também investiga possíveis irregularidades na empresa de distribuição de água do casal. Conforme registros oficiais, a Reizinho Água Potável não possui CNPJ ativo nem cadastro regular na Receita Federal.
PM acompanha o caso
A Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso informou que instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta do policial militar envolvido no caso. O órgão também acompanhou a operação da Polícia Civil durante o cumprimento dos mandados judiciais.