quinta-feira, 3 - abril 2025 - 20:39

Laboratório interditado, dono preso por fraude em exames


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Um laboratório de análises em Cuiabá foi interditado e seu proprietário preso em flagrante nesta quinta-feira (3), durante uma operação da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária Municipal, sob suspeita de fraudar exames e não realizar as análises de amostras. O laboratório, contratado pela gestão anterior da Prefeitura de Cuiabá, também recebia materiais coletados de planos de saúde e hospitais privados.

Segundo a Polícia Civil, o proprietário deverá responder por crimes relacionados à administração pública, peculato, além de ser investigado por estelionato. A Justiça também determinou o pagamento de uma multa, cujo valor não foi divulgado. A denúncia, recebida pela Vigilância Sanitária, apontou que o laboratório não processava o material enviado pela Prefeitura e falhava na análise de amostras de sangue, urina, fezes, entre outras, colocando em risco a saúde dos pacientes.

Durante a fiscalização, os agentes da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária encontraram uma funcionária coletando sangue de um paciente encaminhado pela Prefeitura, mas sem o uso de equipamentos adequados ou produtos necessários para o procedimento. O espaço onde deveriam ocorrer as análises estava vazio, e todas as máquinas estavam desligadas. Além disso, não havia reagentes nem produtos químicos para realização dos exames, e várias amostras de sangue estavam expostas em cima de uma mesa, sem o devido acondicionamento térmico.

Quando questionado, o proprietário confirmou que o laboratório mantinha contrato com a Prefeitura de Cuiabá, recebia material de um plano de saúde e realizava coletas particulares para pacientes. Ele afirmou que as amostras eram encaminhadas a um laboratório terceirizado, mas não soube fornecer detalhes sobre o outro laboratório, alegando desconhecer o endereço, os contatos e até os laudos clínicos emitidos. Declarou ainda que um motoboy fazia a coleta e entrega das amostras.

O proprietário foi conduzido à Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e ficará à disposição da Justiça, aguardando a audiência de custódia.

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