O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta terça-feira (9), da inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) da Polícia Federal, em Manaus (AM). A unidade, que recebeu investimentos de R$ 37 milhões, terá atuação estratégica na integração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros da Amazônia Legal, com foco no enfrentamento a crimes ambientais, tráfico de drogas, armas e pessoas.

Durante coletiva nesta segunda-feira (8), o diretor da Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, delegado Humberto Freire, classificou a inauguração do centro como um divisor de águas na luta contra o crime organizado e na proteção da floresta amazônica.

“O centro funcionará de forma permanente, integrando esforços nacionais e internacionais. Além disso, busca-se a descapitalização e o mapeamento das cadeias produtivas ilegais”, explicou o delegado.

Estrutura para repressão e inteligência

Segundo o governo federal, o CCPI atuará na articulação entre autoridades de segurança pública, ampliando as ações de investigação e repressão na região. Um dos projetos que será apoiado pelo centro é o Ouro Alvo, da própria Polícia Federal, que visa rastrear a origem do ouro extraído da Amazônia.

A iniciativa integra o Plano AMAS: Amazônia – Segurança e Soberania, que tem orçamento total de R$ 318,5 milhões, financiado pelo Fundo Amazônia.

R$ 150 milhões para combate ao desmatamento

Durante a cerimônia, o presidente Lula também vai assinar o contrato do projeto “União com Municípios”, que prevê R$ 150 milhões para ações em 48 municípios prioritários no combate ao desmatamento em toda a Amazônia Legal.

No Amazonas, as ações contemplarão os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Itapiranga, Manicoré e Maués. As iniciativas envolvem prevenção, monitoramento e redução do desmatamento, além da regularização ambiental e fundiária.

Tecnologia social e acesso à água

Outro anúncio previsto para esta terça-feira é a implantação de tecnologias sociais voltadas ao acesso à água potável e ao apoio à produção de alimentos. A medida integra ações de acompanhamento familiar e deve beneficiar mais de 4 mil famílias em comunidades amazônicas.