- CUIABÁ
- QUARTA-FEIRA, 3 , SETEMBRO 2025
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), e a deputada estadual Janaina Riva (MDB), protocolaram nesta terça-feira (2) uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) contra o vereador por de Pedra Preta (243 km de Cuiabá), Gilson José de Souza (União Brasil), que chamou a prefeita da cidade, Iraci Ferreira de Souza (PSDB), de “cachorra viciada em pedir votos” durante sessão da Câmara Municipal.
Os parlamentares se reuniram com o procurador-chefe do MPF em Mato Grosso, Ricardo Pael Ardenghi, para apresentar formalmente o caso e discutir estratégias de enfrentamento à violência política de gênero no estado. Segundo eles, a iniciativa busca não apenas responsabilizar o vereador, mas também fortalecer medidas de prevenção a esse tipo de prática, considerada cada vez mais recorrente.
Além da denúncia, os parlamentares propuseram a criação de um Núcleo de Combate à Violência Política de Gênero em parceria com o MPF. O objetivo é ampliar canais de denúncia, fortalecer a rede de proteção e garantir mais segurança e respeito às mulheres no exercício de seus mandatos.
Pressão política contra Gilson Souza
Apesar de ter pedido desculpas públicas à prefeita Iraci e à sua família, Gilson enfrenta forte pressão política. Nesta terça-feira (2), a Câmara aprovou a abertura de um processo de cassação contra o parlamentar. A prefeita também anunciou que ingressará na Justiça contra o vereador.
Além da prefeita, o parlamentar também foi alvo de pedidos de cassação por parte da deputada federal Gisela Simona (União Brasil) em conjunto com a primeira-dama do estado, Virginia Mendes. Gisela, que preside o União Brasil Mulher, declarou ainda que solicitará a expulsão do vereador da legenda.
O caso ganhou repercussão nacional e foi repudiado por entidades como a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), pelo União Brasil Mulher e por diversas lideranças políticas.