Articulador habilidoso, respeitado por diferentes grupos políticos, o deputado estadual Max Russi prepara um movimento que deve reposicionar o Podemos como uma das maiores legendas de Mato Grosso. Com a força de quem preside um Legislativo que terá mais de R$ 1 bilhão em duodécimo em 2026, Russi deve conduzir o partido ao topo do cenário estadual, atrás apenas do União Brasil e do PL.

O parlamentar deixará o PSB e se filiará ao Podemos durante a janela partidária de março. E não irá sozinho: levará consigo dezenas de lideranças políticas. Embora o partido não tenha eleito prefeitos nas últimas eleições municipais, deverá receber a filiação de pelo menos 35 gestores — todos articulados diretamente por Russi. A lista inclui prefeitos de cidades-polo, cujos nomes, por enquanto, são mantidos sob sigilo.

O PSB, atual partido de Max, será o mais afetado pela movimentação. A sigla, que elegeu 15 prefeitos em 2024, deve perder todos eles para o Podemos.

Além de Russi, outros dois deputados estaduais também migrarão para o novo partido: Beto Dois a Um e Fábio Tardin. Ex-prefeitos, ex-deputados e vereadores também estão com a filiação encaminhada, formando a base para uma chapa competitiva nas eleições de 2026. A expectativa é que o Podemos conquiste entre cinco e seis das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa.

A operação liderada por Max Russi já é considerada uma das mais impactantes da política mato-grossense recente — e deve redesenhar o mapa partidário do estado nos próximos anos.