- CUIABÁ
- DOMINGO, 14 , DEZEMBRO 2025


A vereadora Maysa Leão (Republicanos) usou o município de Sorriso (420 km de Cuiabá) como referência em políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e assistência às vítimas, ao destacar a estrutura e o funcionamento da Casa Aconchego. O espaço foi idealizado pela primeira-dama da cidade, Mara Fernandes, e inaugurado em novembro deste ano pela gestão do prefeito Alei Fernandes (União).
Em entrevista à imprensa na quinta-feira (11), o modelo adotado no município do norte de Mato Grosso demonstra que é possível estruturar, no âmbito municipal, uma rede eficiente de acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência, com atendimento humanizado e integrado.
“Eu estive visitando, em municípios menores do que Cuiabá, a Casa Conchego, por exemplo, em Sorriso, onde a mulher é acolhida como vítima de violência. Ela recebe assessoria jurídica, assessoria psicossocial, psicoterapia e é encaminhada para fazer cursos de purificação, cursos de artesanato, cursos de marketing digital para que ela possa empreender, entrar no mercado de trabalho, conseguir sair do ciclo de violência. Inclusive, eles têm uma casa de amparo muito forte”, disse na Câmara de Cuiabá.
Maysa citou que o espaço oferece o acolhimento em serviços de referência, o atendimento humanizado, a oferta de um espaço de escuta qualificada com privacidade, além do acesso à informação e à inserção das mulheres em programas que garantam autonomia econômica e financeira.
Ao comparar a realidade de Sorriso com a de Cuiabá, a vereadora afirmou que a Capital poderia utilizar o exemplo da cidade como referência para aprimorar suas próprias políticas públicas. “O município pode e deve fazer políticas públicas municipais de enfrentamento, precisamos dar o exemplo também”, declarou.
Ela criticou o fechamento da Rede Sentinela, que funcionava como rede de urgência e emergência para atendimento de mulheres vítimas de violência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Cuiabá. Para Maysa, centralizar esse atendimento em um único ponto da cidade dificulta o acesso das vítimas. A vereadora ainda defendeu a ampliação dos serviços em Cuiabá, como a Casa da Mulher Brasileira, que ainda não foi inaugurada.
“A Rede Sentinela, que é a rede de urgência e emergência de atendimento a mulheres vítimas de violência que a gente tinha nas unidades, nas UPAs, e o prefeito fechou. É o momento dele reabrir a Rede Sentinela para que a mulher que seja violentada, que seja agredida, possa, perto da sua casa, correr atrás de um local especializado para fazer o atendimento”, afirmou.
Veja o vídeo: