Apesar das articulações entre os grupos políticos liderados por Janaina Riva e Wellington Fagundes — que se tornaram uma família política —, a formação de uma chapa majoritária entre MDB e PL para as eleições de 2026 enfrenta fortes resistências e parece cada vez mais improvável.

As bancadas estaduais e federais de ambos os partidos têm se posicionado contra a aliança, com trocas de farpas registradas nos bastidores. Para dificultar o entendimento, lideranças do PL têm rotulado o MDB como partido de esquerda, o que acirra ainda mais os ânimos.

A deputada estadual Janaina Riva, pré-candidata ao Senado e atualmente afastada do Palácio Paiaguás, tem se empenhado em levar o MDB para o campo liberal, onde estão o senador José Medeiros — cotado para o Senado — e seu sogro, Wellington Fagundes, pré-candidato ao governo estadual.

Divisão interna no MDB e no PL

No entanto, lideranças emedebistas como os deputados estaduais Juca do Guaraná, Dr. João José e Thiago Silva, além do deputado federal Juarez Costa, defendem que o MDB integre o palanque do União Brasil, liderado pelo governador Mauro Mendes, que deve disputar o Senado, e do Republicanos, partido do vice-governador Otaviano Pivetta, pré-candidato ao governo.

A resistência à aliança também se estende ao PL. Prefeitos e parlamentares da sigla têm demonstrado maior simpatia por uma composição com União Brasil, PP e Republicanos, em detrimento de uma aproximação com o MDB.

Cenário indefinido

Com divergências internas nos dois partidos e disputas por protagonismo nas chapas majoritárias, o cenário para 2026 segue indefinido. A tentativa de unir MDB e PL, embora articulada por figuras influentes, esbarra em interesses regionais e na polarização ideológica que marca o atual momento político.