sábado, 28 - junho 2025 - 20:54

Michelly enquadra vereadores que votaram a favor da CS Mobi: “inadmissível”


vereadora Michelly Alencar (UB)
vereadora Michelly Alencar (UB)

Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (26), a vereadora Michelly Alencar (UB) criticou os vereadores que votaram a favor da concessão da CS Mobi, empresa responsável pela obra do Mercado Municipal da Miguel Sutil, localizado na Avenida Isaac Póvoas, em Cuiabá.

Michelly destacou que o contrato foi aprovado na legislatura passada e questionou a ausência de posicionamento dos parlamentares que, na época, apoiaram o projeto.

“A obra ficou paralisada por muito tempo. Fizemos diversas fiscalizações e não havia sequer um trabalhador no local. Enquanto isso, o cuiabano continuava pagando, sem nenhuma contrapartida, pois o mercado ainda não estava concluído”, afirmou.

A vereadora ressaltou que desde o início levantou dúvidas sobre o contrato, especialmente quanto à falta de garantias para a população durante o longo período da obra. A concessão tem duração de 30 anos e foi firmada na gestão do ex-prefeito.

“É inadmissível que, além dos atrasos e problemas na execução, a Prefeitura tenha que desembolsar mensalmente R$ 650 mil por uma obra inacabada”, reclamou.

Estacionamento rotativo também é alvo de críticas

Michelly também manifestou preocupação com o pedido de reajuste apresentado pela CS Mobi, bem como com a tentativa de retirada da isenção no estacionamento para idosos — medida que, segundo a vereadora, representa mais um desrespeito à população. A empresa, além da construção do novo Mercado Municipal, administra o sistema de estacionamento rotativo no centro da capital.

“Se existe um contrato em que nem mesmo o prefeito pode questionar, algo está muito errado. É preciso rever, discutir e, se necessário, adotar medidas mais rigorosas. Afinal, quem paga essa conta é o povo cuiabano, que já enfrenta tantas dificuldades, inclusive um estado de calamidade pública”, destacou Michelly.

A parlamentar conclamou para que a discussão sobre o contrato ocorra de maneira responsável, fundamentada e com total transparência.

“Cadê a fundamentação? Quem leu esse contrato antes de votar? Por que aprovaram e agora não se manifestam?”, questionou.

A fala da vereadora ocorreu durante a discussão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o contrato da CS Mobi.

+