terça-feira, 6 - maio 2025 - 13:44

Michelly Alencar comenta pedido de cassação contra Chico 2000 e levanta suspeita de seletividade


Vereadora Michelly Alencar (União)
Vereadora Michelly Alencar (União)

A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) se manifestou nesta terça-feira (6) sobre o pedido de cassação protocolado pelo advogado Julier Sebastião, que tem como alvo o vereador Francisco Carlos Amorim Silveira, o Chico 2000 (PL), investigado na Operação Perfídia. A ação da Polícia Civil também inclui o vereador Sargento Joelson (PSB), mas a representação apresentada atinge apenas Chico.

A iniciativa gerou questionamentos sobre possível seletividade no processo. Julier Sebastião foi advogado da ex-vereadora Edna Sampaio (PT) no processo que culminou na cassação dela — à época, Chico 2000 era presidente da Câmara Municipal de Cuiabá.

Michelly adotou tom cauteloso, mas não descartou a hipótese de motivação pessoal por parte do denunciante. “Pode ser que sim [seletividade], mas eu não posso dizer por ele”, declarou a parlamentar, ao comentar a exclusão de Joelson do pedido.

Ela afirmou estar acompanhando o caso por meio da imprensa e ressaltou que os documentos da Polícia Civil foram apresentados apenas durante sessão legislativa. “A denúncia parte da Justiça, mas quem protocola é o Julier. Ele podia ter feito para os dois. Será que, por ele ter defendido a Edna e o Chico ser o presidente na época da cassação dela, isso é uma espécie de revanche? Não sei dizer. Fica essa pergunta no ar”, avaliou.

Apesar das dúvidas levantadas, Michelly destacou a importância de respeitar os trâmites legais e preservar o trabalho das instituições. “Precisamos validar o trabalho da polícia e ter cautela para não errar. Sempre agimos com prudência, como foi no caso da Edna. Respeitamos todos os prazos e ouvimos todas as partes envolvidas”, pontuou.

A vereadora também reforçou que qualquer nova denúncia apresentada será tratada conforme os dispositivos do Regimento Interno da Câmara Municipal. “Não estamos aqui para tomar decisões precipitadas. Seguiremos acompanhando com respeito o que for determinado pela Justiça e pela polícia”, concluiu.

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